A noz de origem australiana,
ainda pouco consumida pelos brasileiros, se mostra uma excelente opção para
vegetarianos em geral. Descubra os poderes naturais da macadâmia e delicie-se.
As primeiras sementes selvagens de macadâmia foram encontradas nos estados
australianos de Bauple e Queensland, mas foi no Havaí que ela se popularizou
depois que chegou por volta de 1880, levada por biólogos. Atualmente, o país,
famoso por suas ondas perfeitas, é o campeão de produção dessas nozes. De
acordo com o Serviço de Estatísticas de Agricultura do Havaí (HASS), em 2007 o
país possuía 570 fazendas que produziam 19 mil toneladas a cada ano. Apesar de
os números estarem diminuindo ao longo dos anos, o volume de produção ainda é
alto e tanta macadâmia assim só poderia servir para uma coisa: exportação.
Afinal, tem muita gente procurando essa pequena noz por aí. Só os EUA consomem
48% da produção mundial - segundo pesquisa feita pela bióloga Graciela
Sobieraiski.
Até mesmo o Brasil faz sua contribuição, mesmo que menor. De acordo com o agrônomo Leonardo Pimentel, em artigo publicado na Revista Brasileira de Fruticultura, no ano passado foram produzidas 3.200 toneladas da noz, principalmente nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Bahia. Trazidas do Havaí para o Brasil na década de 1930, as sementes de macadâmia foram cultivadas e melhoradas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
Propriedades nutricionais
Até mesmo o Brasil faz sua contribuição, mesmo que menor. De acordo com o agrônomo Leonardo Pimentel, em artigo publicado na Revista Brasileira de Fruticultura, no ano passado foram produzidas 3.200 toneladas da noz, principalmente nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Bahia. Trazidas do Havaí para o Brasil na década de 1930, as sementes de macadâmia foram cultivadas e melhoradas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC).
Propriedades nutricionais
De acordo com a tabela fornecida pela Sociedade
Australiana de Macadâmia (AMS), 100 g da noz crua possuem pouco mais de 9 g de
proteína, 64 mg de cálcio, 410 mg de potássio, 60 g de gordura monoinsaturada -
considerada boa para a saúde - e 4 g de gordura poliinsaturada.
Para a médica nutróloga Samantha Christie Enande,
tanto a macadâmia quanto as outras nozes são os alimentos vegetais com maior
quantidade de antioxidantes. "Os cientistas descobriram que as nozes
possuem 20,97 unidades de antioxidantes em cada 100 g. Isso representa 20 vezes
mais que as quantidades presentes nas laranjas (1,14), nos espinafres (0,98),
nas cenouras (0,04) ou nos tomates (0,31)."
Além dessa propriedade rejuvenescedora, a macadâmia
tem a vantagem de fazer bem ao coração. "Comer um punhado duas ou mais
vezes por semana, pode reduzir os riscos de doenças cardíacas fatais, e ajudar
a diminuir o colesterol ruim (LDL). Além disso, as dietas veganas podem ser
enriquecidas com macadâmias, que são também uma fonte saudável de gordura não
saturada, cálcio e proteína", explica a nutróloga. No entanto, seu valor
calórico é alto. A cada 30 g são encontradas 210 calorias.
Propriedades medicinais
Os estudos a respeito da macadâmia são inúmeros,
publicados em vários anos e em países diferentes. Nenhum deles trata essa noz
como um alimento contra-indicado para uma saúde perfeita - mesmo para aqueles
que querem emagrecer. Pesquisas realizadas no Hospital Wesley, na Austrália, em
1992, e na Universidade Mukogawam no Japão, em 2004, comprovaram que o consumo
frequente de macadâmia diminuiu os níveis de colesterol, os riscos de
inflamações e, inclusive, ajudou alguns pacientes a perderem peso.
Até mesmo a famosa Universidade de Harvard, nos
EUA, deu seu alvará para o consumo da noz. De acordo com uma análise publicada
no site da Sociedade Australiana de Macadâmia (AMS), uma dieta rica em gordura
de boa qualidade ou monoinsaturada, normalmente encontrada em nozes e azeite de
oliva puro, ajudam a perder peso e mantê-lo baixo. Na pesquisa realizada, os
pacientes perderam em média 4,5 kg no período de um ano.
Curiosidades
Apesar de todos esses benefícios para a saúde, a
macadâmia não é muito consumida pelos brasileiros. Porém, segundo Pedro Toledo
Piza, diretor técnico da Associação Brasileira de Macadâmia, essa é uma
realidade que vem mudando nos últimos sete anos. "De 2000 a 2007, o
consumo passou de 10 toneladas ao ano para 150 toneladas."
Piza explica ainda que por ter um custo de produção
alto, a macadâmia - nome dado em homenagem ao seu descobridor, o botânico John
MacAdam - acaba tendo um preço mais elevado, entre R$ 5 e R$ 8 um pacote de 100
gramas. "Uma planta de macadâmia inicia a produção quatro anos após o
plantio e fica adulta com quinze anos. O retorno do investimento ocorre após 10
anos. Só quando as nogueiras estão com quatro anos, as nozes em cascas são colhidas
do chão, descarpeladas, secas, quebradas, classificadas, processadas e
embaladas. O processo é caro e segue exigentes procedimentos de
qualidade."
Fonte: Cantinho Vegetariano via Revista dos Vegetarianos
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