Talvez não exista fruta mais
brasileira do que essa. Nativo da Amazônia, o açaí carrega em seu nome lendas
indígenas e, em sua polpa, diversas propriedades. Rico em fibra e proteína, já
foi tema de teses e estudos estrangeiros. Popularizado no país e no mundo, o
açaí está para os caboclos assim como o chimarrão está para os gaúchos, o pão
de queijo para os mineiros...
Origem - Parecido com uma jabuticaba, o açaí é o fruto de uma palmeira típica da Amazônia e que chega a quase 30 metros de altura. Ela cresce nas margens de rios e pode ser encontrada também na Guiana e na Venezuela pela proximidade geográfica desses países. A dispersão das sementes é feita principalmente por pássaros, como o tucano e o papagaio, que comem a fruta e dispensam os caroços, que correspondem a 87% de todo açaí. Uma única palmácea produz de 10 a 15 kg de frutos durante um ano e 90% de toda a produção nacional vem de Belém do Pará, onde são consumidos cerca de 250 mil quilos da polpa de açaí por dia.
Propriedades nutricionais - Quando associado com a vitamina C, o açaí fornece quantidades suficientes de fósforo para ativar as funções cerebrais, além de ser excelente fonte de proteínas e fibras. Segundo o químico belga e professor da Universidade Federal do Pará, Herve Rogez, a composição química da polpa da fruta pode ser comparada com o leite de vaca, porém, com propriedades nutricionais superiores.
Por ser rico em vitamina E e polifenóis, age como um antioxidante natural e combate os radicais livres. Já os 3 gramas de fibra encontrados em 100 ml ajudam a melhorar as funções intestinais. E as 58 Kcal a cada 100 ml dão ao açaí uma de suas qualidades mais conhecidas - seu poder energético. Rogez acredita que mesmo as pessoas que estão fazendo dieta não deveriam eliminar a fruta de seu cardápio, pois ela ajuda no transporte de oxigênio para as células. E toda essa energia contribui para diminuir o estresse físico e mental.
Propriedades medicinais - As raízes combatem hemorragia e verminoses. Os pigmentos naturais da fruta, conhecidos como antocioninas, agem como antioxidantes e melhoram a circulação sanguínea. Graças a essa propriedade, o extrato da fruta conseguiu destruir células cancerosas, segundo uma pesquisa publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry. De acordo com o professor que coordenou o trabalho, Stephen Talcott, do Instituto de Ciências Alimentícias e Agrícolas da Universidade da Flórida, a fruta amazonense estimulou a diminuição de leucemia em até 86% das células testadas.
No Brasil, a empresa Produtos Regionais do Brasil Ltda. descobriu que a farinha resultante do caroço do açaí pode ser acrescida ao café para diminuir o teor de cafeína e aumentar o nível de inulina - um açúcar rico em fibras e que não é absorvido pelo organismo - sem sequer alterar seu sabor. A bebida é comercializada na região Norte com o nome de A4 Bebida Sabor Café. Mas, segundo o fabricante, a farinha A4, como é chamada, pode ser utilizada para enriquecer outras farinhas, como a de trigo.
Utilidades - Pode-se aproveitar praticamente tudo o que a palmeira do açaí oferece. Da fruta obtém-se o vinho do açaí, muito consumido pelos nortistas, e também a polpa, usada para fazer sucos, sorvetes, picolés e o açaí de tigela. O caroço pode servir como adubo orgânico e matéria-prima para o artesanato regional. Já o palmito de sua árvore é muito utilizado em saladas, recheios e cremes, além de servir como alimento para os animais.
Curiosidades - Diz a lenda que, onde hoje se localiza a cidade de Belém, havia uma tribo indígena. Para resolver o problema da falta de comida, o cacique decidiu proibir a gravidez entre seu povo. No entanto, sua filha Iaçã ficou grávida e, convicto de sua decisão, o avô mandou matar a criança após o nascimento. Deprimida, Iaçã ouviu certa noite o choro de seu filho vindo da direção de uma árvore com frutas roxas. Na manhã seguinte, a índia foi encontrada morta, abraçada a essa árvore. O cacique resolveu então fazer um suco daquelas frutas para alimentar sua tribo. Em homenagem a Iaçã, a árvore foi batizada de Açaí - o nome da índia ao contrário.
O açaí faz parte do dia-a-dia do caboclo (população que vive às margens dos rios amazonenses) desde a infância. Logo após o período de amamentação, as mães dão açaí às crianças em substituição ao leite materno. Muito raramente o leite de vaca entra no cardápio dessas pessoas, que consomem a polpa do açaí puro com farinha de mandioca ou arroz. Assim como o leite, pode-se encontrar açaís do tipo A (mais grosso e puro de todos), B (de viscosidade média) e C (misturado com água). Segundo Rogez, o açaí que chega a São Paulo e Rio de Janeiro é do tipo D, conhecido como "água de açaí" pelos paraenses.
Origem - Parecido com uma jabuticaba, o açaí é o fruto de uma palmeira típica da Amazônia e que chega a quase 30 metros de altura. Ela cresce nas margens de rios e pode ser encontrada também na Guiana e na Venezuela pela proximidade geográfica desses países. A dispersão das sementes é feita principalmente por pássaros, como o tucano e o papagaio, que comem a fruta e dispensam os caroços, que correspondem a 87% de todo açaí. Uma única palmácea produz de 10 a 15 kg de frutos durante um ano e 90% de toda a produção nacional vem de Belém do Pará, onde são consumidos cerca de 250 mil quilos da polpa de açaí por dia.
Propriedades nutricionais - Quando associado com a vitamina C, o açaí fornece quantidades suficientes de fósforo para ativar as funções cerebrais, além de ser excelente fonte de proteínas e fibras. Segundo o químico belga e professor da Universidade Federal do Pará, Herve Rogez, a composição química da polpa da fruta pode ser comparada com o leite de vaca, porém, com propriedades nutricionais superiores.
Por ser rico em vitamina E e polifenóis, age como um antioxidante natural e combate os radicais livres. Já os 3 gramas de fibra encontrados em 100 ml ajudam a melhorar as funções intestinais. E as 58 Kcal a cada 100 ml dão ao açaí uma de suas qualidades mais conhecidas - seu poder energético. Rogez acredita que mesmo as pessoas que estão fazendo dieta não deveriam eliminar a fruta de seu cardápio, pois ela ajuda no transporte de oxigênio para as células. E toda essa energia contribui para diminuir o estresse físico e mental.
Propriedades medicinais - As raízes combatem hemorragia e verminoses. Os pigmentos naturais da fruta, conhecidos como antocioninas, agem como antioxidantes e melhoram a circulação sanguínea. Graças a essa propriedade, o extrato da fruta conseguiu destruir células cancerosas, segundo uma pesquisa publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry. De acordo com o professor que coordenou o trabalho, Stephen Talcott, do Instituto de Ciências Alimentícias e Agrícolas da Universidade da Flórida, a fruta amazonense estimulou a diminuição de leucemia em até 86% das células testadas.
No Brasil, a empresa Produtos Regionais do Brasil Ltda. descobriu que a farinha resultante do caroço do açaí pode ser acrescida ao café para diminuir o teor de cafeína e aumentar o nível de inulina - um açúcar rico em fibras e que não é absorvido pelo organismo - sem sequer alterar seu sabor. A bebida é comercializada na região Norte com o nome de A4 Bebida Sabor Café. Mas, segundo o fabricante, a farinha A4, como é chamada, pode ser utilizada para enriquecer outras farinhas, como a de trigo.
Utilidades - Pode-se aproveitar praticamente tudo o que a palmeira do açaí oferece. Da fruta obtém-se o vinho do açaí, muito consumido pelos nortistas, e também a polpa, usada para fazer sucos, sorvetes, picolés e o açaí de tigela. O caroço pode servir como adubo orgânico e matéria-prima para o artesanato regional. Já o palmito de sua árvore é muito utilizado em saladas, recheios e cremes, além de servir como alimento para os animais.
Curiosidades - Diz a lenda que, onde hoje se localiza a cidade de Belém, havia uma tribo indígena. Para resolver o problema da falta de comida, o cacique decidiu proibir a gravidez entre seu povo. No entanto, sua filha Iaçã ficou grávida e, convicto de sua decisão, o avô mandou matar a criança após o nascimento. Deprimida, Iaçã ouviu certa noite o choro de seu filho vindo da direção de uma árvore com frutas roxas. Na manhã seguinte, a índia foi encontrada morta, abraçada a essa árvore. O cacique resolveu então fazer um suco daquelas frutas para alimentar sua tribo. Em homenagem a Iaçã, a árvore foi batizada de Açaí - o nome da índia ao contrário.
O açaí faz parte do dia-a-dia do caboclo (população que vive às margens dos rios amazonenses) desde a infância. Logo após o período de amamentação, as mães dão açaí às crianças em substituição ao leite materno. Muito raramente o leite de vaca entra no cardápio dessas pessoas, que consomem a polpa do açaí puro com farinha de mandioca ou arroz. Assim como o leite, pode-se encontrar açaís do tipo A (mais grosso e puro de todos), B (de viscosidade média) e C (misturado com água). Segundo Rogez, o açaí que chega a São Paulo e Rio de Janeiro é do tipo D, conhecido como "água de açaí" pelos paraenses.
Fonte: Cantinho Vegetariano via Revista dos Vegetarianos
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