Essa raiz, com alto valor energético, é tão bem aceita
pelo brasileiro que ganhou justamente o dia do descobrimento do Brasil como sua
data oficial: 22 de abril. Parte de seu sucesso se deve à versatilidade, já que
pode ser consumida como farinha, cozida, frita e até vira cachaça.
Acredita-se que a origem desta planta, nativa da América
do Sul, seja no oeste do Brasil. Seu cultivo e consumo eram bastante comuns
entre os indígenas e estavam disseminados entre os povos até o México e a
Guatemala.
Os colonizadores portugueses tiveram que se acostumar aos alimentos usados pelos índios, já que muitas espécies normalmente cultivadas na Europa, como o trigo, não se adaptavam às condições brasileiras. A mandioca entrou então como substituta, já que era um dos alimentos mais usados pelos índios para fazer farinha, tapioca, beiju e bebidas alcoólicas. Adaptada à culinária dos colonizadores, a mandioca passou a ser exportada para vários países, como a África, onde em muitas regiões é a base da dieta alimentar. A raiz é importante fonte energética especialmente em países em desenvolvimento, devido ao seu baixo custo e facilidade de cultivo.
Os colonizadores portugueses tiveram que se acostumar aos alimentos usados pelos índios, já que muitas espécies normalmente cultivadas na Europa, como o trigo, não se adaptavam às condições brasileiras. A mandioca entrou então como substituta, já que era um dos alimentos mais usados pelos índios para fazer farinha, tapioca, beiju e bebidas alcoólicas. Adaptada à culinária dos colonizadores, a mandioca passou a ser exportada para vários países, como a África, onde em muitas regiões é a base da dieta alimentar. A raiz é importante fonte energética especialmente em países em desenvolvimento, devido ao seu baixo custo e facilidade de cultivo.
Nome
O nome científico é difícil: Manihot esculenta
Crantz; o tipo com menos cianeto, também chamado mandioca doce, Manihot
utilissima. Mas este alimento é conhecido mesmo como mandioca, macaxeira,
manduba, castelinha, aipim. Há também nomes populares como pão-de-pobre, e
alguns assustadores, como mandioca brava, por causa do seu teor venenoso -
eliminado durante a cocção.
O nome tem origem em uma lenda indígena que conta a
história de uma índia que foi expulsa da tribo por ter engravidado e foi morar
numa cabana. Ela teve uma linda menina muito branca que chamou de Mani. Ainda
novinha, Mani morreu sem motivo aparente. Foi enterrada próximo à cabana - e
com as lágrimas da mãe foi regada. No lugar, nasceu uma planta de raízes
grossas, branca por dentro, que recebeu o nome de casa da mani (mani - oca). Em
outras línguas, como inglês e alemão, é chamada cassava. Em francês dizem manioc.
Propriedades nutricionais
Caroline destaca que a mandioca é uma boa fonte de
vitamina C, cálcio e fósforo. Ela chama atenção ao fato de a raiz ser rica em
carboidratos e por isso exigir cuidado no seu consumo, pois o excesso pode
engordar caso a quantidade total de carboidrato ingerida seja maior que o gasto
energético. "É importante lembrar que as pessoas que iniciam uma dieta
vegetariana devem tomar cuidado ao querer substituir a carne. Muitas colocam
carboidratos no lugar e ganham peso, principalmente pessoas com mais de 40
anos", avisa. "Deve-se ter cautela ao fazer substituições e, se
possível, orientar-se com profissionais que possam fornecer tabelas de
substituições ou elaborar um plano alimentar personalizado."
A nutricionista dá ainda uma dica para prolongar a
qualidade e o frescor da mandioca: manter a raiz em ambiente úmido porque a
desidratação limita a vida útil da mandioca fresca a cerca de uma semana,
deixando-a escura. "O melhor é descascar e mantê-la congelada, se não for
usar de imediato", sugere.
Propriedades medicinais
A quantidade de ácido cianídrico - princípio tóxico
considerado venenoso - presente na mandioca indica o tipo de raiz. Há a
mandioca doce ou mansa, com menor quantidade de ácido cianídrico e que, pela
toxidade, exige cuidados no preparo - como deixar o alimento de molho e
cozinhar bem para retirar o cianeto. Essa ação tira o gosto amargo, que
demonstra a presença do ácido que pode provocar intoxicação com vômitos,
diarreia, dores abdominais entre outros sintomas.
A nutricionista e escritora Caroline Bergerot,
especialista em nutrição clínica, conta que a mandioca brava é mais usada para
fabricação de farinha, sendo a mandioca mansa mais utilizada para a culinária.
"A mandioca constitui um dos principais alimentos energéticos utilizados
de fácil plantio", diz. Segundo a nutricionista, por seu alto valor
energético, ela é recomendada para pessoas convalescentes e desnutridas.
"Indico para pessoas com sensibilidade ao glúten, pois com a mandioca
fresca ou sob a forma de polvilho e farinha podemos fazer pratos bem saborosos
que substituem a farinha de trigo, como o bolo de tapioca, bobó vegetariano e
muitos outros."
Curiosidades
A popularidade da mandioca é tanta, no Brasil, que a
nossa primeira Consituição, em 1824, foi chamada de Consituição da Mandioca. O
nome tem relação com suas regras: depois de dissolver uma Assembleia
Constituinte, D. Pedro I impôs uma Constituição elitista que determinava que só
os ricos poderiam votar e serem votados, entre outras regras. Pelo projeto,
para poder votar, o eleitor precisava ter uma renda mínima por ano equivalente
a 150 alqueires de farinha de mandioca (no Brasil colonial, o alqueire
correspondia à quantidade de uma cesta utilizada para transportar alimentos,
principalmente milho e feijão).
A fama que a raiz adquiriu deve-se, em parte, às suas
diversas utilizações, não só na culinária, mas em outras áreas, com constantes
descobertas de novas aplicações. Há exemplos de uso da mandioca em confecção de
tijolos e tintas e em adubo orgânico. Estudos apontam seu uso como
biocombústível, com recentes resultados sobre a produção de etanol a partir da
mandioca, que poderá ser economicamente vantajoso e benéfico para o meio
ambiente.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP),
recentemente, desenvolveram um filme plástico à base de amido de mandioca que
poderá ser usado para embalar alimentos. Entre as vantagens do produto, que
ainda está sendo testado, é ser biodegradável, comestível e ter propriedades
antibacterianas, além de permitir variações da cor que muda de acordo com o
estado de conservação do produto embalado, facilitando identificar um alimento
já deteriorado.
Fonte: Cantinho Vegetariano via Revista dos Vegetarianos
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